"Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciencias e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de sí e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes." Marilena Chaui

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar". Nelson Mandela

"É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transformá-lo. Pessimismo da inteligência, otimismo da vontade". Antonio Gramsci

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CUBA SOCIALISTA! A VERDADE -Parte 02





Os principais êxitos do regime implantado pela Revolução Cubana de 1959 estão na área social, onde a ilha apresenta indicadores superiores à maioria dos países do continente, incluindo aí os mais ricos. Para muitos, apesar dos inúmeros problemas enfrentados pela população cubana, o maior sucesso da revolução liderada por Fidel Castro foi ter conseguido desenvolver uma poderosa rede de assistência social, que serviu para impedir que os 20% mais pobres da sociedade caíssem em uma situação de miséria e pobreza extrema.

Em Cuba, o Estado se encarrega dessas famílias, entregando-os dinheiro extra, alimentos, roupas e móveis.

Nos casos de pessoas com deficiências físicas ou mentais, o governo chega, inclusive, a pagar um salário para que elas recebam os cuidados necessários.

Medidas em benefício da parcela mais pobre da população cubana foram tomadas logos nos primeiros dias da revolução.

A reforma agrária, por exemplo, deu emprego a todos os camponeses do país. Alguns receberam terras, outros passaram a integrar cooperativas, e muitos se transformaram em trabalhadores de fazendas coletivas.

Já nas cidades, foi proibido o despejo de inquilinos e decretada a redução dos aluguéis. Finalmente, foi realizada uma reforma urbana que transformou 85% dos cubanos em proprietários de suas casas, uma realidade que se mantém até os dias atuais.

Educação Não há no país nem mesmo meninos de rua. Os órfãos, filhos de pessoas com deficiências mentais ou de pessoas presas, vivem em instituições que lhes garantem alimentação, assistência médica e educação, incluindo os estudos superiores.

Mas eles não são exceção, já que 100% das crianças e adolescentes cubanos freqüentam a escola, que é obrigatória por nove anos e segue sem custar um centavo até o nível universitário, onde até mesmo os livros são gratuitos. A lei cubana obriga os pais a enviarem seus filhos à escola. Se for considerado que este direito da criança foi violado, a pena para eles pode ser até mesmo a perda da guarda do menor e outras medidas judiciais.

Nenhuma criança fica de fora da rede educacional. Os cerca de 60 mil menores de idade com limitações físicas ou psíquicas da ilha frequentam escolas especiais, onde, além de aulas, recebem tratamento fisioterápico e atendimento psicológico, uma combinação que permite com que eles desenvolvam ao máximo suas habilidades.

Saúde É nestas escolas que se reúnem dois dos maiores sucessos da revolução cubana: a educação e a saúde pública.

Em relação a esta última, o regime de Fidel Castro desenvolveu um gigantesco sistema nacional de cobertura a todos os cidadãos, sem exceções de nenhum tipo.

O sistema de saúde de Cuba é composto por quatro níveis: o médico de família, que costuma viver a poucas quadras de seus pacientes; o clínico geral de bairro; os hospitais de zona e os institutos especializados.

Todo atendimento é gratuito, com exceção dos medicamentos, que são subsidiados pelo Estado.

Nenhuma doença fica de fora do sistema de saúde cubano, que oferece tratamentos a problemas que vão desde simples dores de cabeça a enfermidades relacionadas à Aids, passando por assistência odontológica e até mesmo cirurgias plásticas.

O resultado deste sistema de saúde tão amplo pode ser observado quando se comparam as estatísticas das Nações Unidas sobre esperança de vida. Cuba ocupa o terceiro lugar em todo continente americano, com expectativa de vida de 76 anos para os homens e 80 para mulheres.

Já em relação à mortalidade infantil, as estatísticas da ONU apontam que o índice de Cuba é de cinco mortes a cada 1.000 nascimentos, o que situa o país em um nível só comparável ao do Canadá no continente americano.

Ciclones Da mesma forma que poucas pessoas morrem em Cuba por causa de doenças curáveis, o número de mortos pelos ciclones que atravessam o país todos os anos também é baixo.

O sistema de defesa civil criado pela revolução é capaz de evacuar milhões de cidadãos para lugares seguros antes da chegada das tempestades.

O ano de 2008 foi bastante ilustrativo neste sentido, quando três grandes ciclones atravessaram a ilha, destruindo meio milhão de casas, a maior parte das colheitas e derrubando centenas de torres do sistema elétrico. Apesar dos estragos, foram registradas apenas sete mortes. Antes de 1959 e nos primeiros anos da revolução, os mortos eram contados às centenas e milhares cada vez que um desses fenômenos atingia o país. Isso sem contar as enormes perdas econômicas.

Agora, a Defesa Civil "toma o controle" dos territórios onde se prevê que as tempestades passarão. Dias antes da evacuação das áreas, as pessoas protegem seus animais e transportam alimentos, evitando mortes e salvando o que é possível.

Violência Também são poucas as pessoas que morrem por causa da violência. Na verdade, a insegurança pública na ilha é ínfima.

Mesmo quando comparada aos países mais ricos da região, Cuba pode ser considerada uma das sociedades mais pacíficas do continente.

São raros os casos de assaltos com pistolas ou armas brancas. Os delitos mais comuns em Cuba são furtos de correntes, relógios ou de dinheiro.

Sem dúvida, este clima pacífico se deve à presença constante da polícia nas ruas. No entanto, alguns argumentam que os baixos níveis de violência também estão relacionados com o nível de educação da população, o acesso à saúde e ao controle da pobreza.

Comentário: Existe um ditado muitíssimo popular que diz: "Contra fatos, não existem argumentos!" Pois bem, por mais alienados que sejamos à nossa condição de vida no mundo capitalista, explorador, que torna os indivíduos escravos de uma minoria privilegiada, que vive em meio à luxos e riquezas, riquezas essas construídas pelo povo, com o sangue e suor do povo, e que mata a cada dia, pois a Burguesia é feroz, é desumana, mente através da mídia, torna o povo ignorante através do aparelho escolar, coloca a elite como "figuras de sucesso", e nos transforma em gados marcados e "felizes", por mais que sejamos alienados, não existem argumentos quanto ao que podemos constatar a respeito da ilha cubana, sistema socialista e igualitário. Espero que hajam reflexões...
Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/reporter/2009/01/01/saude-e-educacao-sao-os-principais-exitos-do-regime-cubano.htm

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Educação á Serviço de Quem?




Educar... Educado...
Educar um indivíduo, Educador, boa educação, má educação...
Enfim, todos nós pronunciamos ou ouvimos falar milhões de vezes essas palavras, que nos remetem á uma única de origem: Educação.
O que é educar? O que significa a palavra educação? Qual a importância desse vocábulo e o que representa? Sonhamos em proporcionar uma "boa educação" para nossos filhos, lutamos por uma educação "digna" e "promotora" de "oportunidades" para todos, faz-se greves e movimentos sociais visando salários mais compatíveis com a profissão de educador, chega-se a conclusão de que escolas devem ser espaços propiciadores de uma educação "consciente e humanizada", e por isso os governantes devem investir alto, como direcionar 10%  do PIB para este fim, culpa-se, em escala que vai do micro para o macro, alunos, pais, família, professores, escola, Estado, pelo descaso na educação e paga-se valores altíssimos por mensalidades escolares, afinal, a desculpa é uníssona: "É preciso investir no futuro!"
No entanto...
Poucos ou alguns somente podem explicar adequadamente o que esta palavra tem por trás de seus caracteres gráficos ou de seus significados construídos sob a influência de ideologias apregoadas ao longo dos tempos históricos em que vivem as sociedades.
Educação significa o meio ou a forma em que hábitos, atitudes, valores, costumes, são transferidos de uma geração á outra. Ou seja, educa-se um indivíduo para que este possa inserir-se em uma determinada sociedade, ocupando "pacificamente", "civilizadamente" e "patrioticamente" o seu lugar, ora reservado, desde seu nascimento. Opa! desde seu nascimento? Como assim? Não estou entendendo! Afinal, as oportunidades não são as mesmas para todos? Escolas não têm em todos os lugares? Se alguém deixou de estudar e por isso ocupou um lugar subalterno na sociedade... não foi então  esse próprio indivíduo o culpado pelo seu infortúnio? Mas... e as escolas e universidades públicas e gratuitas? Não entendo, pode me explicar? Mas e o carinho e zelo que tenho com a minha profissão de professor? Faço tudo direitinho! Na verdade é um sacerdócio!
Alguns leitores devem estar desta forma, na tentativa de compreender a mensagem que queremos passar através deste artigo. Pois bem. Vejamos na prática o que é educação e para que ou para quem serve a educação.
Educa-se  desde a invasão dos Portugueses ao Brasil, onde "bondosos" brancos educaram os índios. Lembra-se como? Prisões, invasões culturais, mortes, imposição cultural, expropriação das terras, tentativa de escravização indígena, catequese como forma de torná-los mansos e educados, sujeitos dotados de boas maneiras e fervorosa religiosidade, afinal eram bárbaros e viviam de uma forma, diga-se, um tanto "indecente". Colocaram roupas e penas de escrita em suas mãos e fizeram desta raça o que se vê hoje: abandonados, mortos, miseráveis e subtraídos de sua terra, sua cultura e sua gente. Os que não se renderam ao "processo educacional" foram dizimados. Ensino n° 01 - Educação como forma de dominação com fins exploratórios. Tendo a igreja como principal aparelho ideológico na época (alguma semelhança com os dias atuais?), conceito Althusseriano, que concentrava também as funções escolares e culturais. Aí está a nossa escola! A estrutura em que passamos longos anos de nossa vida. E é nela que ano após ano colocamos enfeites indígenas em nossos alunos, no dia 19 de abril, em homenagem aos amados índios de nossa terra, para que eles não pensem e nem saibam que educou-se essa gente para roubar, invadir, expropriar e explorar as suas terras. Não deu certo com os índios, trouxeram os negros, e também lhes foi oferecida uma educação á altura de seus objetivos. Miscigenação racial, formou-se o povo brasileiro, cruza de português, índio e negro. Português na casa grande. Índio e negro na miséria, na senzala, na favela. Favela? Mas não estamos falando de período colonial? Hoje é diferente. Hoje somos educados para exercermos uma profissão dentro da sociedade. Todos são importantes, desde o lixeiro que recolhe meu lixo até o empresário que vende as roupas e sapatos que usamos, sem falar na tecnologia que nos proporciona conforto e bem estar.
Caro leitor ou leitora dessa postagem, nada mudou. A educação serve á classe dominante no mundo capitalista, a saber, a burguesia. É ela quem dita as regras e as formas de se educar a massa alienada á sua condição de escravo e "gado" desse sistema. Segundo a teoria da Escola Capitalista de Baudellot e Roger Establet,  a principal função do aparelho escolar é impedir que os indivíduos adquiram consciência de sua condição e percebam, analisando dialeticamente a história, que vivemos em uma sociedade inventada, mentirosa, onde uma minoria privilegiada detém o poder e a hegemonia, em detrimento de uma maioria miserável e maltratada, alienada, explorada e "conformada" com sua condição. E nós, educadores formais, somos peça fundamental que faz girar a "roda" desse sistema.
Portanto, nenhum tipo de educação que se promova nessa sociedade será capaz de mudar o quadro social imposto pelos dominantes, pois segundo Marx, uma sociedade só muda com a  tomada de poder por outro grupo ou classe, e isso só acontece com LUTA ARMADA, e é por esse motivo que somos conduzidos (como no passado, na Grécia antiga, os escravos - pedagogos- conduziam os filhos de seus amos às escolas) a não nos rebelarmos contra a ordem estabelecida para "o bem de todos e felicidade geral da Nação".


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