Atualmente, e com muita frequência, ouvimos opiniões e comentários sobre a questão da "Maioridade Penal", onde pretende-se reduzir a idade criminal, com a intenção de punir severamente e formalmente os indivíduos marginalizados, a partir de 16 anos completos. Resolvi iniciar a minha postagem com essa citação, pois percebo que as pessoas, quase que unanimemente, estão de acordo com essa reforma. Antes de comentar acerca desta constatação, gostaria de compartilhar alguns dados com você, caro leitor...
- De acordo com a CPI do Sistema Prisional, das 440 mil pessoas encarceradas, 130 mil (30 %) estão presos indevidamente;
- Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 65% das denúncias de tortura feitas pelo Disque Direitos Humanos - Disque 100, entre fevereiro/11 e fevereiro/12, dão conta de violações ocorridas no interior de presídios, cadeias públicas e Delegacias de Polícia que possuem unidades prisionais;
- E já que estamos falando da " Maioridade Penal de Menores Infratores", O Instituto Padre Severino, Localizado na Ilha do Governador (Praça do Avião), Entidade que desde 1954 "auxilia" na "Recuperação" desses indivíduos esquecidos e discriminados pela sociedade hipócrita, que em minha opinião não são infratores coisa nenhuma, são apenas seres humanos que possuem a coragem de partirem para a luta armada em busca de seus direitos como pessoa humana (desabafo)..., voltamos ao Padre Severino, segundo algumas constatações do Próprio Desembargador Siro Darlan em uma visita á Instituição: Os meninos que lá vivem estão sujeitos às mais precárias condições de vida, já reportadas por diversos veículos de Mídia. Paredes caindo aos pedaços, mau-cheiro absoluto, goteiras e vazamentos por todo lado, ausência total de condições mínimas de higiene – quase nenhum dos meninos tem escova de dentes, não há banheiros, mas buracos no chão e esgoto espalhado, ratazanas e baratas invadem os compartimentos gradeados idênticos a celas em que os meninos se amontoam; não há cozinha para a produção de alimentos: são servidas quentinhas que os jovens são obrigados a consumir em apenas cinco minutos; garotos machucados e engessados, uns com balas alojadas no corpo, outros com coceiras pelo corpo aguardam a melhora de suas mazelas por si só, já que não há atendimento médico, sentados em construções que não se pode nem mesmo chamar de camas: não há colchões na maioria, e os que ainda restam mais parecem cartolinas de papel, de tão finos, e ainda por cima cheios de buracos. Não há, nem mesmo, camas para todos. Em uma cela onde deveria haver 18 meninos, havia 28 quando Darlan esteve por lá. Como se não fosse suficiente, os meninos que habitam o local reclamam de violência e tortura por parte dos monitores que deveriam tomar conta deles e ajudá-los. Os jovens ali internos não fazem atividade alguma. Uma oficina criada para que se ocupassem e aprendessem algo está parada há três anos, e uma piscina anexa ao local está em ruínas.
Entre outros dados alarmantes que se formos colocar nesta postagem não caberiam.Portanto, antes de gritar aos ventos que você é a favor da redução da maioridade penal, construa seus próprios argumentos. Não deixe a "REDE PODRE(Globo) de televisão e a mídia manipuladora ditar as verdades construídas para mascarar a real intenção desse sistema de acumulação de dinheiro em detrimento de vidas entregues à própria má sorte. a violência existe, mas não foi criada nas favelas. A violência é fruto da ganância e do objetivo principal desse sistema: escravizar, usar, destruir e ainda culpar quem não tem parte com isso, e é apenas vítima dessa podridão. A mídia "transfere", de forma ideológica, a "culpa" da violência para essas pessoas e o que é pior, crianças e jovenzinhos que vivem toda sorte de horrores desde que nascem.
E quanto às Drogas, eis aí a verdade:
Caro leitor, se você, acreditando na Rede Globo e similares, pensa que os verdadeiros e maiores culpados pelo inferno imposto ao povo brasileiro pelo crack, cocaína e maconha são os traficantes das favelas e subúrbios das cidades, está enganado. Essas gangues são apenas vendedoras varejistas, "funcionárias" de um patrão atacadista, e estão no degrau menos poderoso e rico de um gigantesco business capitalista nacional e internacional.
Os donos, diretores e administradores dessa cadeia produtiva integrada à economia do imperialismo, embora se escondam em luxuosos edifícios e debaixo de seus caros ternos de executivos, podem ser plenamente identificados. São membros das classes dominantes. Financistas, empresários da alta burguesia e latifundiários.
No Brasil, "respeitáveis" fazendeiros e banqueiros são os mais citados (o HSBC, Unibanco, Bradesco, Real, Credit Suisse e Bozano Simonsen já apareceram em denúncias).
Na Colômbia e Peru, além do latifúndio e de bancos, também são apontados como "sócios" as Forças Armadas e políticos de vários calibres, inclusive presidentes da República.
Porém, o comando do negócio é do USA. Foram seus governantes e suas classes ricas quem, a partir dos anos 1970/1980, implantaram e massificaram esse horrendo negócio, através principalmente da CIA (agência de espionagem/ inteligência), da DEA (agência de "combate" às drogas), do FBI (polícia federal) e do Pentágono (Forças Armadas).
Extrema ironia: no resumo da novela, a denunciante Globo e os denunciados traficantes possuem o mesmíssimo patrão.
Sem mais por hoje... :(