"Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciencias e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de sí e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes." Marilena Chaui

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar". Nelson Mandela

"É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transformá-lo. Pessimismo da inteligência, otimismo da vontade". Antonio Gramsci

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

De mãos dadas...





Campanha Corrente do Bem



Caros colegas,


Estamos em campanha no Blog Educação & Liberdade, para podermos levantar recursos materias, os quais serão revertidos no Projeto desenvolvido pela ABC Sinai, Instituição sem fins lucrativos, sediada no bairro Boca do Mato - Cabo Frio, Rua das Crianças/N°36. Como já falamos, na ONG funciona o Instituto Evangélico de Educação e Cultura Sinai, ministrando o 1° segmento do Ensino Fundamental em período integral, atendendo crianças com escolarização formal, em uma perspectiva libertadora e emancipadora do indivíduo em uma condição de subalternidade social, além de aulas de Ballet e Judô e apoio às famílias atendidas. Não possuímos vínculos governamentais e nem políticos de espécie alguma. Mantemos tudo através de trabalhos com fins de captação de recursos e auxílio de alguns colaboradores, além de doações. Precisamos levantar recursos para o ano de 2012, e contamos com seu apoio nessa tarefa! Precisamos que todos participem dessa corrente do bem, depositando o valor de R$10,00 (dez reais) na conta Instituição e conscientizando os amigos, parentes e vizinhos a fazerem o mesmo, em um ideal de amor, cidadania e responsabilidade social. Estamos abertos à visitações, para que você conheça melhor o trabalho realizado pela ABC Sinai, em um único propósito: Investir em Vidas!



FAÇA JÁ A SUA DOAÇÃO E COLABORE COM ESSA CAUSA!




Associação Beneficente Cristã Sinai - Banco Itaú - Agência 6097 - Conta Corrente N°22378-5



FOTOS DAS ATIVIDADES




























































sábado, 29 de outubro de 2011

Mais violência contra professor

'A gente precisa de ajuda para ontem', diz professora agredida com bola

Educadora foi atingida por bola de basquete em Campinas, SP, e desmaiou.
Para a professora, a estrutura do sistema educacional chegou ao limite.

A professora Maristela Marçal está tomando analgésicos e ficou em observação depois de sofrer desmaio (Foto: Raphael Prado/G1)A professora Maristela Marçal está tomando analgésicos; ela ficou em observação depois de sofrer desmaio (Foto: Raphael Prado/G1)
A professora de educação física Maristela Marçal, agredida por um aluno com uma bola de basquete em Campinas, no interior de São Paulo, disse ao G1 nesta sexta-feira (28) que a violência é reflexo das deficiências estruturais da educação. Ela dá aulas há 19 anos - 12 deles na Escola Municipal Padre Francisco Silva, onde o caso aconteceu na tarde de quinta-feira (27).
saiba mais
Atingida na nuca pela bola, Maristela desmaiou e foi levada ao Pronto-Socorro Municipal do Hospital Ouro Verde. Ela ficou em observação até o fim da tarde de quinta e foi liberada em seguida. Está tomando analgésico, disse que ainda sente dores musculares, mas não teve nenhuma consequência mais grave.
Maristela descreveu o autor da agressão, um aluno de 15 anos, como um "menino com muita habilidade, extremamente inteligente, mas que não está canalizando a inteligência para algo bom". Ela disse que o garoto tem problemas de relacionamento com outros colegas e professores.
"Esse é apenas mais um de vários casos que temos na escola", contou. Segundo a professora, no último semestre outros dois colegas de sala de aula registraram boletins de ocorrência por agressão. "Verbalmente, somos agredidos todos os dias e eu tenho aguentado."
Em 2010, a escola municipal mudou de prédio e passou de 500 para 700 alunos. Começou 2011 sem orientadora e sem vice-diretora. "Enquanto o sistema achar que tem que colocar aluno na escola e virar as costas, nada vai funcionar. Esse caso [a agressão] poderia ter sido evitado", disse Maristela. A professora criticou o fato de a discussão sobre a educação no Brasil só ocorrer quando algo grave acontece: "A gente precisa de ajuda para ontem".
Maristela passou três meses de 2010 afastada da escola, em tratamento para estresse. Essa situação é cada vez mais comum no Brasil. "Em alguns casos, estamos admitindo que estamos derrotados em educar", afirmou a professora. "Tenho certeza que outros colegas, pelo Brasil, também estão passando por isso. E ninguém faz nada."
A educadora lembrou do caso em que um aluno baleou a professora dentro da sala de aula e depois se matou, em setembro, em São Caetano do Sul, no ABC, como exemplo de quando a mídia dá atenção para a educação. "Só quando acontece coisa mais grave as pessoas agem", lamentou.
Maristela disse que ainda não sabe se vai registrar um boletim de ocorrência por conta do caso. Ela disse que não conhece os pais do aluno agressor. Afirmou também que não está com medo de voltar a dar aulas - embora vá ficar afastada por alguns dias por acidente de trabalho. "Temos lá 10, 15 alunos problemáticos, mas eu penso nos outros quase 400 que merecem ter minha aula", disse.
A professora acabou de defender a tese de mestrado com o tema "Sentido e significado da escola na perspectiva do aluno". Ela acha que o que acontece na escola é reflexo de uma sociedade agressiva. "Tem pais que perguntam para a gente: 'o que eu faço com o meu filho?'", contou.
Medidas
Segundo a Secretaria da Educação de Campinas, o aluno e seus pais serão chamados pela diretora da escola para explicar o ocorrido. Eles receberão orientação. A secretaria irá analisar também a atitude dos professores, que dispensaram os alunos após o ocorrido.

COMENTÁRIO: Quando algo dessa natureza acontece, o que se faz imediatamente, é procurar os culpados pelo ocorrido. Culpam os pais, por não saberem educar, os professores, por serem mal preparados, as leis, que não punem os menores, e os alunos que agem na certeza da impunidade. Todas as respostas já estão prontas e não nos dão a oportunidade de refletir de forma crítica diante do atual quadro social. É preciso ser radical, ou seja, ir na raiz do problema. Culpa? Certamente não é nossa, e sim, daqueles que inauguraram toda essa violência gerada pela exploração do homem pelo homem, daqueles que tratam seres humanos como coisas de sua propriedade, e lhes roubam a sua humanidade. Culpados são todos aqueles que subtraem a vida da forma mais vil.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Materiais para o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

Fonte: http://dezporcentoja.blogspot.com/

O plebiscito nacional da Campanha pelos 10% do PIB para Educação Pública ocorre de 6 novembro a 6 de dezembro. Agora é a hora da coleta de votos e sua ampla divulgação.
A pergunta: “Você concorda com o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na Educação Pública, já?” deve percorrer todos os cantos do Brasil. O objetivo é dialogar com os trabalhadores e sensibilizá-los para a necessidade de aumentar imediatamente o os recursos destinados pelos governos à educação pública.
Os comitês estaduais realizaram o lançamento da Campanha e precisam continuar fortalecendo esse trabalho nos estados.
Os materiais da Campanha já estão disponíveis para reprodução.
Os arquivos também estão disponíveis em arquivo aberto (Corel Draw) para atender as demandas especificas de algum setor ou de alguma região. Como, por exemplo, uma segunda pergunta na cédula de votação. Além disso, serão enviados para a rede.

Materiais Campanha 10% do PIB.rar

Cartaz

Ata




Cédula

Lista

Dez mil marcharam para exigir 10% do PIB para a Educação


Fonte: http://www.vermelho.org.br/pi/noticia.php?id_noticia=167266&id_secao=1

“Dez mil pelos 10% do PIB para a Educação”. Esse foi o tema da 5ª Marcha Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, onde professores de todo o país ocuparam, nesta quarta-feira (26), a Esplanada dos Ministérios em uma marcha para pressionar parlamentares a defender a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. Muitos estudantes, que também defendem a medida, estiveram presentes no ato.
O presidente da União Nacional dos Estidantes (UNE), Daniel Iliescu, caminhou ao lado dos docentes, reforçando a postura da entidade em relação à necessidade de se ampliar os investimentos em Educação. Atualmente, a UNE encabeça um abaixo-assinado envolvendo diversos setores da sociedade pela aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal como recursos a serem investidos exclusivamente no setor educacional.

“Desde 2009, trabalhamos em parceria nessa luta. Para esta semana já está marcada reunião com o relator do PNE (Programa Nacional de Educação), Ângelo Vanhoni, para apresentar o relatório com as emendas ao programa. Como temos muitas opiniões convergentes, em especial com os 10% do PIB, estamos juntos em mais um capítulo dessa batalha para levantar essa campanha”, explicou Iliescu.

A marcha foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e superou a expectativa de todos os organizadores. Outros movimentos sociais também marcaram presença e estiveram presentes, somando mais de dez mil participantes que ocuparam as ruas do Planalto Central exigindo melhorias no setor.

Todos eles caminharam do Estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional, passando, também, pelo Palácio do Planalto. Após a caminhada, foi realizado um ato público em frente ao Congresso.

“Essa marcha é fundamental para que a gente consiga interferir no Congresso Nacional e obter deles o compromisso de aprovar 10% do PIB brasileiro para ser investido na educação. Todos nós sabemos que é um debate delicado, mas temos que pressionar sempre”, declarou o presidente da CNTE, Roberto Leão, ao comentar sobre um dos três principais pontos de reivindicações da manifestação.

Outras reivindicações

Os outros dois focos centrais dizem respeito à aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Congresso Nacional e o cumprimento integral, em todo o Brasil, da lei do piso salarial do magistério, que atualmente é R$ 1.187,97. A CNTE defende o valor de R$ 1.597,87.
Assinaturas

A Campanha Nacional Pelo Direto à Educação conseguiu 10 mil das 140 mil assinaturas coletadas em todo o país para os cartões postais de apoio aos ideais da marcha. Parte desses cartões assinados foi entregue para o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e para a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que prometeu levar as assinaturas para a presidenta Dilma Rousseff.

Leão afirmou que é possível ainda uma reunião com a presidenta da República. “Estamos construindo com o ministro a possibilidade de termos uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. Temos que iniciar um processo de busca de soluções com uma certa urgência e sei que diversos movimentos sociais, como é o caso da UNE, estão com a gente”, declarou.

O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), recebeu membros da CNTE ao final da atividade. Haddad também recebeu parte dos cartões assinados por brasileiros de todo o país.


 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quem ganha com o caos da educação?

Quem é criminoso aqui?

Mãe queima rosto de filho como forma de castigo em Realengo (RJ)

A mulher presa na madrugada desta quarta-feira (26), suspeita de torturar o próprio filho, de 9 anos, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, disse à polícia que queimou o menino com uma colher quente porque ele havia furtado o celular de um vizinho.
“Porque ele pegou um telefone, roubou o telefone do moço e o moço foi lá em casa reclamar, eu perdi a cabeça”, afirmou Ana Paula Oliveira da Silva, de 28 anos.
A criança ficou ferida na região próxima ao olho. Funcionários da escola onde o menino estuda viram o ferimento e desconfiaram de violência doméstica. Foram eles que fizeram a denúncia.
Ana Paula é acusada de praticar o crime de tortura e será encaminhada para a Polinter ainda nesta quarta. Ela tem outro filho, de 11 anos. O Conselho Tutelar tenta retirar a guarda das duas crianças.
Chorando muito, a mãe disse que está arrependida. “Eu me arrependo, não faço isso não. Nunca fui ignorante assim não. Nunca bati nos meus filhos assim não, não sou esse bicho que estão pensando que eu sou”, disse ela, na delegacia.
Pena de 10 anos de prisão
A diretora, uma professora da escola, além da avó e da tia do menino já prestaram depoimento. Segundo o delegado Rafael Stanbowski, da 33ª DP (Realengo), que investiga o caso, a pena para a mãe do menino pode chegar a 10 anos de prisão. Ele pode ficar com deformidades permanentes devido às marcas das queimaduras.
“Eu sei que vai ficar, eu me arrependo mais ainda. Eu estou muito arrependida mesmo. Eu pensei logo que se eu não parasse, ele ia continuar roubando, ia ser pior. Desespero de mãe”, alegou.
O delegado elogiou a diretora e a professora da escola onde o menino estuda, em Realengo, porque elas levaram o caso à polícia.
“Eles estão numa posição de contato com as crianças e qualquer coisa que possa vir a desconfiar, acho importante sempre levar ao conhecimento tanto do Conselho Tutelar quanto da autoridade policial mais próxima, para que a gente possa tomar medidas pertinentes”
Segundo o delegado, ela não reagiu à prisão. As crianças ficarão sob os cuidados da avó.

Comentário: Iniciarei meu comentário com o trecho de uma reportagem:


Hipocrisia, Políticas Públicas e Direitos da Criança e do Adolescente

Márcia Acioli
Ivônio Barros
Lucídio Bicalho
Na última semana de setembro, o jornal Correio Braziliense, mais uma vez, escancarou em suas principais páginas a dura realidade da exploração sexual e do abuso contra crianças e adolescentes no centro de Brasília. A mesma realidade de drogas, abuso e exploração que se vê no centro e praias do Rio de Janeiro, no centro de São Paulo, na praia de Iracema, em Fortaleza, no Recife, em Natal, entre outras tantas.
Não é novidade. As crianças e adolescentes estão lá, em todos esses locais, desde há muito. Os passantes não os vêem. Quando muito, desviam deles, como fazem com as fezes dos cachorros ou o esgoto da rua.
São crianças-cocô. É assim que a sociedade os percebem. Como autoridades públicas e governantes não andam à pé pela cidade, nem isso olham.
O horror denunciado revela o descaso com que o Governo do Distrito Federal, o GDF, trata crianças e adolescentes desfavorecidas pela “loteria genética” na capital da república. Não é por ser capital do país que o problema se torna mais grave, mas é por ser o centro do poder que se espera políticas exemplares para o enfrentamento a qualquer forma de violência contra crianças e adolescentes. É obrigação do poder público já ter construído e consolidado políticas eficientes para o enfrentamento à intolerável dizimação da infância.
Nos centros urbanos a concentração é maior. Mas as crianças e jovens estão cheirando cola de sapateiro, tinner, fumando crack e outras drogas pesadas em vários lugares da cidade. E, esses mesmos pontos são os lugares onde são exploradas e abusadas. Os traficantes, policiais, abusadores de toda a espécie sabem disso. Jornais fotografam os carros, com o cuidado de não mostrar suas placas, para não constranger os estupradores e exploradores.
Os adultos que exploram saem invariavelmente incólumes. São pessoas comuns que as violentam, mas protegidas pelos gabinetes de luxo, ou pelo espaço privado de seus carros permanecem intactas. Já para o menino ou para a menina que se encontra nas ruas em situação de exploração e/ou de alta vulnerabilidade os olhares são dos mais intolerantes e discriminatórios, como se fizessem parte de uma outra humanidade que não a dos abastados.
Quando a notícia sai nos jornais, juízes, ministros, governadores, políticos em geral, fazem cara de espanto e prometem agir imediatamente. Eles sabiam. Eram coniventes. Sabem do horror das ruas, mas na mente deles, elas são destinadas a subpessoas ou não-pessoas. Quer sejam elas trabalhadores superexplorados, quer sejam sem-teto, meninos e meninas de rua, pessoas que não freqüentam a “sociedade”.
Com certeza você desejou para essa mãe os piores castigos e punições. Mas é muito fácil você pensar assim, quando as suas crianças não passam fome ou "escolhem" o que comer, estudam em escolas privadas (claro! As escolas públicas são de péssima qualidade e por isso são feitas para crianças pobres, instituições que estão longe de promoverem a formação humana. Engraçado, você sempre soube disso e nunca fez nada. Sua criança não está lá, não é mesmo?), têm cuidados médicos, lazer, brinquedos, família. Com certeza essa mulher, em um momento de desespero e desamparo, agiu dessa forma, na intenção de fazer com que seu filho parasse de "roubar", pois a prática do roubo em nossa sociedade é só para a elite  e governantes. Preto e pobre se roubar morre com a cara cheia de bala com a marca da PM. E a polícia mata, tenha a idade que tiver! Entra na favela, aterrorizando, barbarizando, aliciando. Todo mundo sabe disso, inclusive você. E ninguém faz nada! mas a mulher foi presa e condenada à 10 anos de prisão. As leis brasileiras são feitas pela burguesia e só são válidas para o pobre. Me perdoem, mas se valessem de verdade, se os diversos documentos de "proteção à pessoa humana" e à "Criança" , ECAs e afins, valessem de verdade, não era só essa mãe que estaria presa agora. Estaríamos presos todos. Inclusive eu e você. Reflexão:  “Não recebemos as virtudes de presente de natal, elas são construções nossas. Uma delas é a coerência, você diminuir a distância entre o que diz, faz e pensa. Outra é a humildade. Não sou santo, estou longe de ser santo, mas não é preciso ser santo pra ser decente”. Paulo Freire

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cabral e Pezão são recebidos com festa pelo presidente do Bradesco


Fonte: Monitor Mercantil

Neoliberalismo mata

O economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da dívida, comenta que o número de suicídios na Grécia subiu 17% desde 2009. "Dados extra-oficiais de 2010 citados no parlamento mencionam um aumento de 25% em relação a 2009", completa. Segundo Ávila, o ministro da Saúde grego relatou um aumento de 40% nos suicídios no primeiro semestre de 2011, comparado ao mesmo período de 2010. "A violência também aumentou, pois os índices de homicídio e roubo quase dobraram entre 2007 e 2009."

Conta corrente

O Bradesco recebeu com festa, nesta quarta, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o primeiro servidor público estadual a abrir sua conta no Bradesco. No início do ano, o banco paulista venceu a licitação aberta pelo governo fluminense para ter direito de administrar as contas dos 465 mil funcionários públicos da ativa, aposentados e pensionistas. O segundo a abrir conta foi o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Os dois foram recepcionados pelo próprio presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, no centro de atendimento montado exclusivamente para atender aos servidores na Capital.

Problemas à vista

Mas, se abrir a conta foi fácil para Cabral e Pezão, não há garantia de que os servidores terão a mesma sorte. Teste feito por esta coluna no site do Bradesco, com um servidor aposentado do estado, chegou à mensagem "CPF não localizado". Há risco de o trabalhador ser prejudicado, até mesmo ficar sem receber o salário, se erros deste tipo forem generalizados.
O funcionário não tem direito a ir à agência que escolher e for mais conveniente para abrir a conta. Deve ir ao site do banco para saber dia, hora e local aonde deve comparecer. Além do centro de atendimento instalado na Cidade Nova, para atender aos servidores da Capital, que tem capacidade para receber 6 mil pessoas a cada dia, entre 8h e 18h, de 20 de outubro a 14 de dezembro, o Bradesco montou 18 postos no estado.
Não larga o osso
O Itaú, que desde a privatização do Banerj, ainda no Governo marcello Alencar, tinha o monopólio das contas salário dos servidores estaduais do Rio de Janeiro, não está disposto a perder tal filé sem briga. Todos os funcionários do estado estão sendo abordados nas agências onde recebem para assinarem um documento em que pedem ao Bradesco para fazer a portabilidade do salário, garantida pelo Banco Central aos trabalhadores da iniciativa privada desde 2009 e que será um direito dos funcionários públicos a partir de 2012. O Itaú já traz o papel preenchido para o servidor: é só preencher com o número da conta no Bradesco a entregar no novo banco.

sábado, 22 de outubro de 2011

Novamente bombeiros são presos no Rio por fazerem manifestações

Bombeiros são punidos com reclusão no Rio

Dois sargentos do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Soró e Adriano, e um dos líderes do movimento dos bombeiros, o cabo Beneveluto Daciolo, foram punidos na manhã desta terça-feira com a reclusão em quartéis da corporação no Rio. Informações foram conformadas pela assessoria da corporação.
Ainda segundo a assessoria, os três foram punidos por transgressão militar, agindo de forma desrespeitosa, ofensiva e com comportamento afrontoso e indisciplinado.
O cabo Daciolo ficará recluso por 30 dias no Grupamento Marítimo (G-Mar), em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Já os sargentos ficarão retidos por 15 dias em quartéis ainda não divulgados.
A notícia da punição pegou o grupo de surpresa, segundo informações de um porta-voz dos bombeiros que não quis se identificar. Ainda com informações do porta-voz, as sanções foram aplicadas de forma arbitrária.
Daciolo teria sido punido por participar de um ato contra o governo de Sérgio Cabral. Já os outros sargentos participaram de uma manifestação em Angra dos Reis, na Costa Verde.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Se você foi contra a greve dos bancários, veja o vídeo abaixo.

LUTAR É DIREITO!

Para reflexão:

"Não devemos nos rebaixar e aceitar dissimular nossas opiniões e lutas. Nossos objetivos só podem ser alcançados pela derrubada de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução!"
     Karl Marx           

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MEC decide por aumento de carga horária em vez de mais dias letivos


Fonte: G1


Em reunião realizada na última terça-feira (18), o Conselho Nacional de Educação considerou mais apropriado ao Ministério da Educação elaborar uma proposta de aumento na carga horária diária dos estudantes em vez da ampliação do calendário letivo de 200 para 220 dias por ano, como queria o ministro Fernando Haddad. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela secretaria de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, em sua página pessoal no Twitter e no Facebook.

"Não teremos a ampliação para 220 dias letivos. O ministro Haddad convocou uma reunião, no dia 18 passado, com entidades de professores, estudantes, parlamentares, gestores e universidades. O consenso é que é melhor manter os 200 dias e ampliar a carga horária diária. E democraticamente, o ministro Fernando Haddad acatou a proposta", escreveu a secretária.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou apresentou há um mês, em Brasília, o resultado de uma pesquisa que levou o MEC a avaliar o aumento de até quatro semanas no calendário letivo da educação básica do país no sistema público e privado. Atualmente, o Brasil tem 200 dias, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) no ano letivo e carga horária de 800 horas. O ministro propunha um amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar para 220 dias ao ano, ampliando a carga horária para 1.000 horas.

Haddad convocou uma reunião com educadores do Conselho Nacional da Educação para debater o tema. Os conselheiros acharam melhor aumentar a carga diária do que o número de dias letivos. Para isto será preciso que o Congresso Nacional aprove a proposta mudando a Lei de Diretrizes e Bases.

Uma pesquisa coordenada por Ricardo Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Asssuntos Estratégicos da presidência, mostrou que dez dias a mais de aula aumentam em 44% o aprendizado dos alunos e em sete pontos a nota dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essa melhoria pode ser atingida aumentando a exposição do aluno ao conhecimento.

Segundo o pesquisador, o aumento da exposição pode ser feito com ampliação da jornada diária e com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Mas a alternativa mais atraente, segundo Barros, é a que tem o menor custo. "Em termos de custo é melhor porque na outra alternativa (mais horas/aula por dia ou menos alunos por sala) você precisa aumentar o espaço na escola colocando restaurantes e espaços esportivos."

A outra variável que provoca melhora é  a qualidade do professor. O estudo mostrou que um bom professor em sala de aula tem o impacto de 9,6 pontos no Saeb, 20 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 68% de melhoria do desempenho do aluno. "Tem um enorme impacto entre se consultar um bom ou um mau médico. Com o professor também é assim, mas a gente não valoriza a profissão e deixa o profissional mais experiente migrar para a rede privada", destacou o pesquisador. Ainda de acordo com ele, o impacto no Saeb com professor experiente seria de 3,3 pontos.

COMENTÁRIO: De que país são esses intelectuais que sempre encontram soluções mirabolantes para melhorar a qualidade da educação pública? Aumentar os dias letivos ou a carga horária diária, são providências secundárias, quando os alunos convivem diariamente com falta da professores de todas as disciplinas, com professores sobrecarregados e falta de infra estrutura nas escolas. O mesmo ministro que propõe aumento da carga horária se opõe aos 10% do PIB para a educação. Educação se faz com investimento de longo prazo e não com medidas imediatistas em época de eleição.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ATENÇÃO: SEEDUC ESTÁ CONTRATANDO MAIS CAPATAZES

Fonte: SEEDUC-RJ

Processo seletivo diretores e diretores-adjuntos

11/10/2011 - 19:03h - Atualizado em 19/10/2011 - 16:39h
Inscrições abertas até 19 de outubro

A Secretaria de Estado de Educação está com inscrições abertas para o processo seletivo interno de diretores e diretores-adjuntos até as 12h do dia 19 de outubro. São 63 diretores e 190 para adjuntos em para diversas diretorias regionais.

Para se inscrever, é preciso preencher os seguintes requisitos:

- Conhecer este edital

- Possuir Ensino Superior completo;

- Não estar respondendo ou ter sido apenado em processo de inquérito administrativo disciplinar;

- Ser servidor ativo da carreira do magistério da SEEDUC há, no mínimo, três anos;

- Ter, no mínimo, três anos de efetivo exercício, em períodos contínuos ou alternados da SEEDUC.

A seleção será feita em quatro etapas: análise de currículo, prova objetiva de conhecimentos específicos, avaliação de perfil e programa de formação. Os selecionados cumprirão 40h semanais.

Após a inscrição, o candidato deverá obrigatoriamente imprimir o comprovante que será disponibilizado pelo sistema ao término do processo. A cópia desta ficha é o pré-requisito para a etapa de Análise de Currículo.


Em caso de dúvidas, entre em contato pelos telefones (21) 2334-7125/2126.

COMENTÁRIO: A SEEDUC-RJ está selecionado gerentes, digo, diretores para compor os cargos de confiança da educação estadual. É um absurdo esse processo anti democrático de "escolha" de diretores, sem contar com o desrespeito a lei que prevê uma gestão DEMOCRÁTICA, palavra que aliás, não faz parte do dicionário do governo Sérgio Cabral. Será que eles tem medo de dar poder de escolha a comunidade escolar? Será que seremos representados através dessa seleção? É obvio que não. Os interesses do governo continuarão a ser defendidos, com unhas e dentes pelos diretores, que hoje são nda mais nada menos que gerentes administrativos, passam o dia inteiro envolvidos com números e planilhas e são impedidos de exercer seu papel de educador em troca da polpuda comissão que tem que esperar meses para receber.
Por tudo isso, defendo ELEIÇÃO DIRETA PARA DIRETOR!

domingo, 16 de outubro de 2011

Chile: mais de 87% votam por educação gratuita e de qualidade

Fonte: Correio do Brasil
O Governo afirmou que o plebiscito cidadão pela educação não teria validade, ainda sim, os chilenos participaram em massa da consulta. Na noite de quarta-feira, foi anunciado o resultado: 87% dos votantes no referendo educacional votaram pelo “sim” nas quatro perguntas formuladas no sufrágio, que consultavam a população sobre ela estava de acordo com um ensino público gratuito e de qualidade e se estavam a favor da desmunicipalização da educação secundária pública, ou seja, de seu retorno às mãos do governo federal. As outras perguntas eram sobre a eliminação do lucro na educação e sobre a necessidade de incorporar o plebiscito vinculante como mecanismo para resolver problemas de caráter nacional.
Educação
Mais de 87% dos chilenos votaram por educação gratuita e de qualidade
Após anunciar o resultado do plebiscito, o presidente do Colégio dos Professores, Jaime Gajardo, detalhou que 1.027.569,00 pessoas votaram nas mesas e outros 394.873 o fizeram pela internet, enquanto que 30 mil foram desconsiderados por serem votos repetidos. “Quanto às porcentagens, 87,15% votaram pelo Sim e 11,2% pelo Não”, precisou Gajardo, que destacou a participação na Região Metropolitana, onde votaram 530.811 pessoas; Puerto Montt, com 60.165 votantes; Valparaíso, 101.138; Concepción, 115.080 votos; Iquique, 15.384 e Magallanes, 6.298 pessoas.
O dirigente acrescentou que, agora, todas as atas serão reunidas, região por região, e serão organizadas no Colégio de Professores para quem quiser ver e consultar os resultados. “Foi feito um trabalho profissional de primeiro nível. Segundo os especialistas, se há algum erro ele é marginal, não mais do que 2%. O importante foi a quantidade de pessoas que participou e a tendência majoritária, contundente, inclinada e muito precisa, dizendo Sim a que haja no país uma educação gratuita; queremos que a educação não sirva para gerar lucros; queremos que haja um plebiscito vinculante para resolver esses grandes temas”, defendeu Gajardo.
Neste cenário, o Colégio de Professores e os estudantes confirmaram uma nova mobilização nacional para os próximos dias 18 e 19 de outubro, na qual se pretende marchar desde quatro pontos distintos de Santiago até a Praça Itália, lugar tradicional de manifestações na capital chilena. O governo chileno afirmou que não autorizará novas marchas, em uma clara tentativa de relacionar as manifestações com os fatos de violência protagonizados por jovens encapuzados que não estão relacionados diretamente com o movimento estudantil. Seja como for, os estudantes chilenos já disseram que não ficarão de braços cruzados.
Neste cenário, a porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Camila Vallejo, assinalou que a jornada de 18 de outubro será preparatória para a grande marcha do dia 19. Começará às 11 horas da manhã quando uma delegação irá ao Palácio La Moneda para entregar os resultados oficiais do plebiscito. Neste mesmo dia, às 21 horas, haverá um novo panelaço e ocorrerão assembleias locais em todo o país para seguir lutando por uma melhor educação.
No dia 19, a marcha deve iniciar às 10 horas da manhã, a partir de quatro pontos distintos da Região Metropolitana. “Conversaremos outra vez com a Prefeitura e pediremos que não tentem esconder o movimento”, disse Camila Vallejo. A dirigente estudantil, avaliada como uma das três figuras políticas com mais futuro no país, respondeu ao ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, que chamou os parlamentares para aprovar o projeto de lei denominado “anti-ocupações” – que pretende penalizar as ocupações de colégios e universidades – dizendo que “não aceitaremos que nosso país seja governado por saqueadores, nem que as ruas seja tomadas por eles”. A resposta de Camila foi curta e grossa: “os saqueadores já estão governando o país”.
“O ministro (Hinzpeter) está equivocado porque os grandes saqueadores estão governando o país, são os mais ricos. Precisamos que os verdadeiros saqueadores paguem a educação para os mais pobres”. Ela acrescentou que “o movimento estudantil está em sua plena primavera”, reafirmando o chamado à manutenção da mobilização.
“Este movimento segue vivo e com força, segue sendo capaz de mobilizar-se e manter-se firme neste processo, porque nada foi solucionado. O governo não colocou nenhuma solução sobre a mesa, mas somente mais do mesmo, mais modelo mercantil na educação, com mais recursos, mas aprofundando o modelo que segmenta e segrega”, acrescentou Camila Vallejo.

COMENTÁRIO: Enquanto no Chile a população se mobiliza em favor da melhoria da educação, e tenta romper com o modelo neoliberal implantado pela ditadura do General Pinochet, que privatizou a educação nacional, no Brasil, o povo assiste desinteressadamente o desmantelo do nosso sistema público educacional, que agoniza para dar um espaço cada vez maior aos exploradores da educação, leia-se, a educação privada.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Justiça ordena a demissão dos Animadores Culturais do Rio de Janeiro

Fonte: Site Marcelo Freixo

A Justiça do Rio determinou a exoneração de cerca de 500 animadores culturais que atuam em instituições do ensino público do estado. Anunciada em 14/9, a decisão, que está baseada no fato de os animadores serem contratados sem concurso público, foi questionada por Marcelo Freixo: “É inaceitável a decisão judicial pela demissão dessas pessoas. Não só não lhes dão o que é justo e necessário, historicamente, como pede, de forma covarde, essa demissão. Então, cabe ao Poder Legislativo, que sempre esteve ao lado do animador cultural, mais uma vez, fazer esse movimento de diálogo junto ao Poder Judiciário”.

Em reunião com representantes do Tribunal de Justiça (TJ) e da Procuradoria Geral do Estado, ocorrida nesta quinta-feira (22/9), foi deliberado, para a próxima terça-feira (27/9), às 17h, um encontro entre parlamentares e animadores culturais com o presidente do TJ, Manoel Rebêlo, e com o procurador geral do estado, Cláudio Lopes, para uma conversa definitiva. Além disso, a Procuradoria da Alerj conduzirá ao TJ, na sexta-feira (23/9), um recurso para suspender a decisão. No dia 4/10, às 14h, a categoria fará uma manifestação de reivindicação nas escadarias da Alerj.

Leia, abaixo, o pronunciamento de Freixo na íntegra:

“Aqui se encontram os animadores culturais – parte deles, pelo menos – do Rio de Janeiro, a quem esta Casa vem tratando com grande respeito. Não se trata de um ou outro Parlamentar: foi nesta Casa que aprovamos uma importante PEC – por unanimidade – de minha autoria, juntamente com o Deputado Gilberto Palmares, que entendia ser justa, mas que enfrentava um debate jurídico dos mais difíceis.

Encaminhava também a resolução de coisas que já tinham acontecido com outras categorias, como a dos mata-mosquitos, por exemplo. Nós nos baseamos nisso para fazer a PEC naquele momento.

Mas fomos pegos de surpresa, porque o Poder Judiciário decidiu pela demissão dos animadores culturais. Vários deles estão desde a década de 80 trabalhando nas escolas.

Sabemos como a função do animador cultural na escola pública é importante. Eram 1500 quando foram criados, no Governo Leonel Brizola. Passaram por um processo de seleção pública sim, não de concurso, mas de seleção pública.

Mais do que isso, quero dizer que essas pessoas, que eram 1500, hoje são 476 animadores, pedem mais uma vez a solidariedade da Casa.

Liguei para o Presidente do Tribunal de Justiça para que possa receber um grupo de Deputados. Já falei com o Deputado André Corrêa, que já se colocou à disposição para estar presente nesse grupo, junto com alguns animadores e, se possível, com a presença de V.Exa., para que conversemos com o Poder Judiciário sobre a situação dos animadores culturais, porque é inaceitável a decisão judicial pela demissão dessas pessoas. Não só não lhes dão o que é justo e necessário, historicamente, como pede, de forma covarde, essa demissão.

Então, cabe ao Poder Legislativo, que sempre esteve ao lado do animador cultural, mais uma vez, fazer esse movimento de diálogo junto ao Poder Judiciário.

Fica o meu apelo para que um número maior de Deputados possa estar presente.

Muito obrigado.

*Marcelo Freixo em pronunciamento, no dia 20/9, na Alerj.

Brasil quer educação de país desenvolvido em 2022

Fonte: Diário do Grande ABC

O Brasil quer chegar a 2022 com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) igual ao de países desenvolvidos, com o analfabetismo erradicado e com oportunidade para todos. Foi o que disse a assessora especial do Ministério da Educação, Linda Goulart. Ela coordena o 1ª Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação, que acontece até amanhã, em Fortaleza, reunindo 500 participantes de todo o País. Entre os palestrantes, estão renomados estudiosos como os colombianos Bernardo Toro e Bernardo Nieto, especialistas em mobilização e reformas educacionais, e Heather Weiss, diretora do Havard Family Research.

De acordo com Linda Goulart, o diálogo pela educação deve ser estendido à sociedade. "É por esse motivo que o MEC está se dedicando a repassar para os agentes que atuam no setor técnicas e experiências de mobilização no sentido de promover a interação entre família, escola e comunidade", explicou.

Segundo ela, o seminário tem como objetivo proporcionar espaço para discussões sobre a importância da participação das famílias na vida escolar dos filhos, bem como de que maneira a colaboração de segmentos organizados da sociedade e os órgãos públicos de áreas correlatas à educação, além das lideranças sociais e religiosas, podem contribuir no processo de melhoria da qualidade da educação.

Hoje, os palestrantes Bernardo Nieto e Márcio Simeone Henriques falaram sobre o tema Comunicação e Mobilização. Nieto definiu e apontou as implicações dos processos de trocas sociais que buscam a mobilização. "A comunicação é fundamental para estabelecermos essas mudanças, porém não pode fazer milagre", comentou. Segundo ele, o "motor fundamental é o impulso criador dos dirigentes". Ele lançou a seguinte pergunta para a plateia, formada por gestores em sua maioria: "Somos impulsionadores ou obstáculos para essas mudanças?".

Já Henriques, professor do Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal de Minas Gerais, perguntou: "Que estratégia de comunicação é necessária para envolver o público em temas relativos à Educação?". Segundo ele, a resposta é dada pelo educador brasileiro Paulo Freire: a da coparticipação.

COMENTÁRIO: Estamos cansados desses intelectuais que a todo o momento tentam mascarar os verdadeiros motivos do fracasso da educação brasileira, o desinteresse proposital dos governos, que visam manter a maior camada da população em um estado de completa anomia intelectual, mantendo-os sobre o rígido controle ideológico. Já faz parte até mesmo do conhecimento popular, que para melhorar a qualidade da educação é necessário valorizar o professor, investir em infra-estrutura, e tudo o mais que qualquer um já conhece.
Já basta de hipocrisia, educação requer investimento direcionado, pois não adiantará por exemplo, aumentar os recursos do PIB para 10%, e o agente principal para essa transformação, o professor, continuar a ser desvalorizado.

domingo, 9 de outubro de 2011

Socialismo deve ser ensinado na escola!!!!

EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE

Postamos o vídeo feito no Instituto Evangélico de Educação e Cultura Sinai, Instituição de Ensino Fundamental em que somos presidentes e diretores, localizada em uma comunidade pertencente à classe dominada em Cabo Frio/RJ. O trabalho realizado na Escola, junto ás crianças, baseia-se em uma perspectiva dialética-histórica pautada na filosofia Marxista. As disciplinas de ciências sociais (História/Geografia/Sociologia/Filosofia) são abordadas de forma crítica e reflexiva, onde o objetivo maior é que o aluno se perceba inserido em uma sociedade capitalista burguesa e de exploração. Através desse vídeo perecebesse que é possível usar a educação como forma de dar liberdade a cada indivíduo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Empresários da Educação Privada estão muito satisfeitos com o Governo

Fonte: Correio do Brasil
Empresários da educação elogiam programas do governo e pedem maisReunidos no 13° Fórum Nacional do Ensino Superior Privado, empresários e representantes de mantenedoras defendem a ampliação das políticas de financiamento, como Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Para eles, o aprofundamento deste modelo é fundamental para a garantia de seus lucros, já que nos últimos anos houve uma redução do ritmo de crescimento das matrículas.
Fábio Nassif
Mais de 400 empresários e representantes de mantenedoras se reuniram nos dias 29 e 30 no 13° Fórum Nacional do Ensino Superior Privado para debater as perspectivas do setor no próximo período. Entre autoelogios e críticas ao movimento estudantil chileno, eles chegaram a um consenso: bom para eles, mesmo, é a ampliação das políticas de financiamento, como Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
O encontro de gala, num hotel localizado perto da avenida Paulista, exibiu as cifras do bem-sucedido setor, que só em 2009 teve um faturamento de R$ 29 bilhões. Nos discursos, estava o reconhecimento do grande momento vivido pela educação privada depois da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases, em 1996, durante governo de Fernando Henrique Cardoso.
A expansão das matrículas foi impulsionada posteriormente por programas como o Fies, do governo Lula. Por esse programa, o estudante das instituições privadas paga sua matrícula depois de se formar. O Estado brasileiro é o seu fiador.
O fato de o governo ter assumido todos os riscos do financiamento educacional é elogiado pelos empresários. Na opinião deles, o aprofundamento deste modelo é fundamental para a garantia de seus lucros, já que nos últimos anos houve uma redução do ritmo de crescimento das matrículas.
Antes do início de uma das palestras, uma ilustrativa pesquisa foi respondida pela plateia. Perguntada sobre como garantir a expansão das matrículas do ensino superior, 47% apontou para as política de financiamento estudantil e outros 49%, por meio de subsídios direto às universidades privadas. Apenas 4% se arriscou em defender a expansão pelo ensino público. “Não podemos ter o financiamento estudantil como única fonte. No Brasil, isso é mínimo”, disse em seguida o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Ferreira.
Segundo informações da assessoria do Ministério da Educação, 107 mil contratos do Fies foram assinados até setembro deste ano. O aumento considerável, se comparado aos 75 mil feitos em 2010, se deve às mudanças realizadas no programa, flexibilizando as regras do empréstimo. O MEC também afirma, no Censo de 2009, que de cada dez estudantes do ensino superior privado, três são bolsistas. Destes, 82,5% são de programas reembolsáveis como o Fies.
A preocupação dos empresários também se deve à fragilidade financeira demonstrada pelas chamadas classes C e D, as que mais se inseriram na universidade particular no último período. Insaciáveis, os mantenedores das privadas preferem um setor menos regulamentado para facilitar a abertura de vagas no ensino à distância e no ensino técnico.
Chile
Para o palestrante Fábio Garcia, diretor de Operações do Centro universitário Salesiano de São Paulo, o Chile é um modelo, quando se fala na descentralização e desburocratização do seu sistema de ensino. O movimento estudantil chileno, não. Garcia foi farto em elogios ao sistema privatizado daquele país, e também pródigo em críticas aos estudantes que estão nas ruas desde março deste ano.
A referência ao país se dá exatamente por esses dois aspectos, já que o modelo educacional chileno – em profunda crise -, está estruturado no sistema de créditos estudantis. “O sistema cresceu, o crédito não acompanhou e os estudantes foram pra rua”, reconhece Fábio, para dizer em seguida que a pauta de reinvindicações estudantis são muito “ideológicas” e “doutrinárias”.
O temor com o não pagamento das dívidas de mensalidades, apesar da admiração à total prioridade dos últimos governos chilenos com o ensino pago (no país, até as universidades públicas cobram mensalidades), faz com que os empresários prefiram o modelo brasileiro. “Já li que o governo chileno quer visitar o Brasil pra conhecer o Prouni e o Fies, para aperfeiçoar a política de financiamento”, conta o diretor.
O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, argumenta que o sistema de créditos dos bancos privados na educação são caros pois, diferente de outras mercadorias, ela não pode ser devolvida em caso de não cumprimento do pagamento. “Então o governo realmente tem que entrar nesta história com financiamento subsidiado, como uma política de Estado mesmo”, sugere aos chilenos. Palavra de quem tem certeza de que a educação é um bom negócio. Ainda mais com a ajuda do Estado.
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