quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
BRASIL, PAÍS CAPITALISTA
Analisando criticamente o Brasil, constatamos a existência de dois extremos, os quais podemos denominar de "Índia e Bélgica" brasileiras, denunciando-o como um país de contrastes. De um lado a parte semelhante à "Bélgica", nação européia desenvolvida, onde seus cidadãos gozam de excelentes condições de moradia, saúde, educação e emprego. Que gozam de plenos direitos sociais, políticos e econômicos. De fato, alguns brasileiros têm um padrão de vida compatível com o da Bélgica. De outro lado temos a situação que se parece com a Índia, país asiático marcado pela miséria e total ausência de direitos. Muitos brasileiros sabem bem o que é sobreviver nessas condições!
Essa má distribuição social é própria do sistema econômico que vivemos, denominado CAPITALISMO. O capitalismo coloca em situações diferentes os que detém o capital e os que trabalham para produzí-lo.
Apesar de transparecer a nossos olhos que nos países como a Bélgica a desigualdade social tenha diminuído, na verdade o que há é a aproximação dos indivíduos das condições de vida da burguesia, que é a detentora do capital nos países capitalistas. Porém, isso não acontece com a classe trabalhadora.
A exploração dos trabalhadores é muito maior em nosso país, onde as condições de vida e trabalho condenam grande parte dos trabalhadores a uma situação de miséria absoluta.
A explicação que usa como exemplo da "Bélgica" e da "Índia" como convivendo no mesmo Brasil, impossibilita-nos de ver que, longe de se apresentarem como realidades diferentes, aqueles cidadãos que se encaixam na Bélgica brasileira vivem dessa forma graças à miséria causada pela exploração daqueles que são considerados como pertencentes á Índia brasileira. As razões disso estão na forma pela qual o Capitalismo se estrutura, desde seu aparecimento: NA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO ASSALARIADO, que progressivamente foi separando os trabalhadores, o proletariado, dos donos dos meios de produção, a burguesia.
A diferença entre essas duas classes se mostra também nos anos de estudo e no acesso aos bens culturais. A classe burguesa, uma minoria, dispõe de maior escolaridade e acesso aos bens culturais, como literaturas de qualidade em jornais, revistas, livros, bibliotecas, teatros, cinemas, viagens, etc.
A classe trabalhadora, de menor renda, em sua maioria dispõe de pouco ou nenhum acesso a tais bens culturais. A escola não tem conseguido modificar essa desigualdade. Anos de estudos e cursos concluídos são privilégios daqueles que têm poder, perpetuando a dupla relação: PODER É SABER E SABER É PODER.
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