"Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciencias e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de sí e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes." Marilena Chaui

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar". Nelson Mandela

"É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transformá-lo. Pessimismo da inteligência, otimismo da vontade". Antonio Gramsci

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Justiçamento Social



Nos últimos meses temos presenciado através das mídias constantes ações de justiçamento nas ruas brasileiras. Até esta data já se contabilizam 36 casos, onde 19 deles resultaram em morte das vítimas. É de espantar a reação dos comentários das pessoas nas redes sociais, dando apoio a tais atos como sendo esses uma alternativa para a contenção da violência. Diante disso, levo você a uma breve reflexão, expondo a seguinte pergunta: Quem primeiro foi violentado? É comodo e fácil fechar os olhos para a realidade e ignorar que a formação atual de nossa sociedade é fruto de um processo histórico que vem se entulhando de violência desde a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil. Os primeiros a sentir o gosto amargo da violência gananciosa dos nossos exploradores foram os indígenas, depois os negros. Hoje é o favelado que ainda carrega as marcas da violência colonial. Não uso esse argumento para justificar qualquer forma de violência, mas, como disse Paulo Freire, "Quem inaugura a violência não é o violentado, mas quem violenta", desta forma, basta fazer um exercício de reflexão crítica de fatos mais amplos, e perceber que a realidade vai além dos limites de nosso pequeno convívio social. Hoje o açoite é um salário que mal dá para sobrevivência de uma pessoa que dirá de uma família; os navios negreiros são os péssimos serviços públicos oferecidos a população, a senzala é a favela e o escravo é você, que mesmo que não viva em uma comunidade carente, é obrigado a se sujeitar a uma relação de exploração de sua mão de obra, em favor do enriquecimento dos Senhores da atualidade. O que nos resta então? Aprender capoeira e defender os irmãos. Entenda o escravo só é escravo até descobrir que não precisa ser....

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