
Até por volta das 23h, a polícia desconhecia se o grupo de criminosos permanecia na comunidade ou teria fugido. Mas, após ação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e de PMs, no horário, a situação estava sob controle.
A polícia investiga o ataque. Após a invasão - os complexos do Alemão e da Penha estão ocupados pelo Exército desde novembro passado -, seguiu-se um intenso tiroteio entre traficantes e militares.
Por volta das 21h30, funcionários do Hospital Estadual Getúlio Vargas informaram à Rede Record que uma pessoa deu entrada na unidade médica com ferimentos na cabeça, mas até as 23h não havia informações se o incidente teria relação com o tiroteio. Até o horário, não havia confirmação de feridos ou mortos.
Uma moradora do conjunto de favelas que preferiu não se identificar comparou a situação a momentos anteriores à ocupação do Alemão e do Complexo da Penha, quando o tráfico dominava as comunidades. Outros moradores informaram que tiros também eram vistos na localidade conhecida como Grota, no Alemão.
- A situação está pior do que quando a comunidade foi pacificada. Tem muita gente ferida aqui.
O major Marcus Bouças, da Força de Pacificação, informou ter visto balas traçantes no morro do Adeus, próximo ao Complexo do Alemão. O major Bouças, porém, não soube especificar a origem dos tiros. Segundo ele, por motivo de segurança, a estrada do Itararé, principal acesso ao local, foi interditada.
Também segundo moradores, agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) estavam no local. O Bope, porém, não confirma participação na ação. Por causa do tiroteio, o funcionamento do teleférico do Alemão foi interrompido.
O Complexo do Alemão voltou ao foco no último domingo (4), quando moradores e militares se envolveram em uma confusão. Segundo os militares, eles foram atacados por moradores com pedras e garrafas e reagiram com balas de borracha e spray de pimenta.
O tiroteio desta terça-feira acontece no mesmo dia em que um vídeo divulgado pelo Exército mostra pessoas supostamente traficando na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.
COMENTÁRIO: Não se conquista paz fazendo guerra. Essas pessoas são vítimas do sistema, abondonadas pelo governo e roubadas pela elite burguesa. Se quizerem realmente acabar com a violência devem dar educação, saúde e respeito à esse povo, tudo o mais que se faça, é colocar remendo novo em roupa velha.
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