Os jovens dos Estados Unidos estão ficando para trás de seus pares no exterior em leitura, matemática e ciência, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, neste sábado, afirmando que reformas na educação são parte essencial da recuperação econômica.
Em seu pronunciamento semanal de rádio e vídeo, Obama disse que até um quarto dos estudantes norte-americanos não estão concluindo o segundo grau e poucos jovens estão obtendo diplomas universitários. "É fato inegável que países que são mais bem educados hoje serão mais competitivos amanhã. As empresas contratarão onde quer que trabalhadores altamente qualificados e treinados estejam," disse o democrata. "Temos que elevar nossos padrões."
Com a campanha presidencial de 2012 esquentando, Obama tem falado cada vez mais sobre educação, tema central de sua base política. Seu plano de US$ 447 bilhões para criação de empregos inclui recursos para pagar professores e reparos nas escolas. Na sexta-feira, ele anunciou um relaxamento do "Nenhuma Criança Fica para Trás" (No Child Left Behind, em inglês), medida que já tem uma década e foi introduzida pelo ex-presidente George W. Bush para responsabilizar as escolas pelo desempenho dos alunos.
O programa foi muito criticado por se inflexível, exigindo que os professores se atenham a um currículo estreito que visa sobretudo garantir que os estudantes passem em testes padronizados. "A experiência nos ensinou que a lei tem algumas falhas sérias que prejudicam nossas crianças, ao invés de ajudá-las," disse Obama, deixando claro que a educação será um de seus principais tópicos de campanha para o pleito de novembro do ano que vem.
"Estes problemas são óbvios para pais e educadores de todo o país há anos. Mas, durante anos, o Congresso não conseguiu consertá-los. Então agora o fará," declarou. O índice de aprovação do presidente tem caído por conta da percepção de que ele é um líder fraco, especialmente quando se trata de curar a economia.
Seus adversários republicanos têm argumentado que o estímulo econômico de Obama causou problemas fiscais ao país sem melhorar significativamente o desemprego, que continua acima de 9 por cento. Grande parte da pressão financeira que as escolas dos EUA sofrem reflete orçamentos limitados no nível estadual.
COMENTÁRIO: Será que teremos que esperar também dez anos para perceber que esse sistema de meritocracia não produz nenhum impacto positivo na qualidade da educação. Os trechos grifados no texto nos remetem a fazer comparações com o plano de metas da SEEDUC-RJ, implantados pelo governo Sérgio Cabral, que tenta mascarar com ações propagandistas o precário estado da educação estadual.
ESCOLA NÃO É FABRICA, ALUNO NÃO É MERCADORIA!
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