segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Conflito entre exército e moradores do Alemão
Fonte: Folha.com
Um vídeo postado no YouTube mostra o conflito entre soldados da Força de Pacificação do Exército e moradores do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, que deixou pelo menos uma pessoa ferida e outras três detidas, no início da noite desde domingo.
Revoltados com a postura dos soldados, os moradores protestam no morro do Alvorada. Segundo o Twitter do Voz das Comunidades --jornal produzido pela comunidade--, a confusão começou porque os militares pediram que o volume da televisão de um bar --que exibia um jogo de futebol-- fosse diminuído.
Os moradores, que estavam reunidos na rua, não atenderam ao pedido. Diante da resistência, os militares desligaram o som.
Foi o estopim para a revolta. Houve enfrentamento entre moradores e militares, que dispararam tiros de borracha e usaram spray de pimenta para dispersar a multidão. Segundo os moradores, muitas mulheres e crianças foram alvejadas na ação do Exército. Uma mulher levou um tiro de borracha na boca e foi encaminhada ao hospital Getúlio Vargas.
"Estávamos aqui filmando agora e um policial do exercito falou assim: vamos testar esse sprey... E apontou aos moradores e fomos atingindos (sic)", escreveu o Voz das Comunidades.
Ainda segundo o microblog do jornal, uma moradora perdeu todos os dentes após ser atingida na boca pelos militares.
No vídeo é possível ver os soldados chegando ao local, apontando as armas para os moradores e espirrando gás de pimenta. Após os militares atirarem é possível ouvir os moradores --entre eles muitas mulheres-- gritando e pedindo para cessarem os tiros. No final das imagens, uma pessoa reclama de ter sido atingida por uma bala de borracha na perna.
Três pessoas foram detidas pelo Exército para "averiguação", segundo o major Marcus Bouças, responsável pela comunicação da tropa que está ocupando o Alemão. Segundo ele, a confusão ocorreu por "excesso de bebida" das pessoas abordadas.
COMENTÁRIO: A farsa das UPP´s está se revelando. Política de segurança pública não se faz apenas reprimindo as populações mais pobres, é preciso atacar as causas que geram as mazelas sociais e dar dignidade às populações que ficaram anos esquecidas pelo poder público.
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