Sinto muito ter que dizer isso da categoria a qual pertenço, pois sei o quanto ser professor no Brasil, principalmente em tempos Neoliberais, é difícil e angustiante. Em nada me espantou a atitude do Governador Sérgio Cabral, pois já esperava que fôssemos, de alguma forma, ridicularizados e humilhados por ele. A tirania da classe dominante nunca deixou de existir. Desde os tempos coloniais até os dias atuais, somos vítimas de um sistema injusto e desumano, que nos aprisiona e nos aliena, e que visa manter a burguesia no poder com fins de enriquecimento ilícito ás custas do trabalho escravo e do sacrifício de um povo que acha que tudo o que a vida apresenta é fruto do acaso, do infortúnio de uma dualidade social natural , do destino, sem se dar conta que essas contradições fazem parte de um "plano" que a muito vem sendo colocado em prática na nossa sociedade, desde a "invasão" dos portugueses em 22 de abril de 1500. O que me decepciona e até certo ponto me atemoriza é ver educadores que desconhecem essa dinâmica social apresentada e se deixam levar por falácias ideológicas de dirigentes sindicais, diretores de escola e outros, que estão "vendidos" e "fechados" com a classe dominante. Marx diz, em sua teoria do materialismo histórico e do pensamento dialético, que vivemos em uma sociedade onde o que impera é a dominação do homem pelo homem. Sendo assim, precisamos começar a desenvolver um pensamento dialético e crítico sobre o que nos é apresentado cotidianamente para que não engulamos tudo sem reflexão. Para que não hajam "levantar de braços", em uma assembléia de educadores que lutaram tão bravamente, motivados por discursos ideológicos de lideranças que se prestam a defender o território burguês e suas intenções. Voltei às salas de aula profundamente entristecido em ver a apatia de cidadãos que exercem uma função tão importante. Por mim não deveríamos aceitar a miséria de aumento oferecida. Mas como o mal já tinha sido feito, a categoria deveria ter se mantido na luta até a sanção absoluta do ridículo acordo feito com o Governo. Seria menos humilhante agora, pois o que nos restou foi o deboche e o aviso do nosso excelentíssimo patrão Sérgio Cabral: CALADOS! QUEM MANDA AQUI SOU EU!
Contra-cheques descontados esse mês? Bem feito pra quem votou a favor do fim do movimento e acreditou na palavra mentirosa do Governador burguês.Que isso sirva de lição para que procurem ler, estudar e sair da condição de alienados e massa de manobra. Onde já se viu a classe dominante beneficiar subalternos? Sinto por aqueles que tiveram uma outra postura, que desejavam continuar a luta como eu em prol de uma outra história, um outro tempo!
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