De 10 a 12 de agosto, aconteceu no auditório da FERLAGOS-Cabo Frio, um evento que desejava explicitar para a sociedade, quais as contribuições que a igreja Presbiteriana, que para conhecimento de todos é uma das mais ricas denominações evangélicas, onde concentra em seus belos templos a elite e a burguesia gospel, deu para a educação brasileira. Segundo a nossa parceira Amanda Gurgel em seu discurso, os números são irrefutáveis. Concordando então, começo a minha reflexão acerca da questão, expondo alguns números, irrefutáveis, que nos darão a "dimensão" dessa contribuição.
Um em cada cinco estudantes brasileiros do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, pelo menos três em cada dez alunos também estão nessa situação. É o que mostram os dados do Censo Escolar 2010 sobre as taxas de distorção idade-série.
Segundo dados da Pnad publicados em 2008, a média da escolaridade dos jovens entre 15 e 29 anos, no Brasil, atingia 8,8 anos. Para ter uma ideia das disparidades regionais, abaixo dessa média estavam o Norte do país (8,1 anos) e o Nordeste (7,7 anos), enquanto o Sudeste (9,5 anos), o Sul (9,4 anos) e o Centro- Oeste (9,1 anos) situavam-se em patamar superior.
Essa mesma pesquisa mostrou que, em 2008, quase 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos não freqüentava a escola; na faixa etária de 18 a 24, mais de 15,6 milhões estavam sem estudar e, entre 25 e 29 anos, eram 13,5 milhões.
No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o percentual de jovens que encerraram o estudo no ensino médio ou o abandonaram era de 36,26%, 31,29% e 31,04%, respectivamente, estatística preocupante para regiões consideradas as mais dinâmicas e produtivas do país.
Os dados da Pnad de 2009 mostram algumas variações nesse quadro, sem contudo indicar tendências de mudanças substantivas. Se em 2008 84% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos frequentavam a escola, em 2009, esse índice subiu para 90,6%. Entre a faixa dos 18 aos 24 anos, em 2008, eram 34% dos jovens e, em 2009, 38,5%. Cabe ressaltar que, apesar do crescimento observado, permanece a redução significativa do percentual de jovens que deixam a escola na passagem de uma faixa etária para outra e de um nível de ensino para o seguinte.
Essa mesma pesquisa mostrou que, em 2008, quase 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos não freqüentava a escola; na faixa etária de 18 a 24, mais de 15,6 milhões estavam sem estudar e, entre 25 e 29 anos, eram 13,5 milhões.
No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o percentual de jovens que encerraram o estudo no ensino médio ou o abandonaram era de 36,26%, 31,29% e 31,04%, respectivamente, estatística preocupante para regiões consideradas as mais dinâmicas e produtivas do país.
Os dados da Pnad de 2009 mostram algumas variações nesse quadro, sem contudo indicar tendências de mudanças substantivas. Se em 2008 84% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos frequentavam a escola, em 2009, esse índice subiu para 90,6%. Entre a faixa dos 18 aos 24 anos, em 2008, eram 34% dos jovens e, em 2009, 38,5%. Cabe ressaltar que, apesar do crescimento observado, permanece a redução significativa do percentual de jovens que deixam a escola na passagem de uma faixa etária para outra e de um nível de ensino para o seguinte.
Se considerarmos que em 2009 o Brasil ainda apresentava uma taxa de analfabetismo em torno de 14 milhões de pessoas, ou seja, 9,7% da população com 15 anos ou mais, e que a taxa de analfabetismo funcional (pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de escolaridade) era de 20,3%, vemos quão ineficazes são as políticas educacionais em vigor para cumprir um dever do Estado que é prover educação básica para todos.
Se cruzarmos esses dados com a renda segundo dados da Pnad, veremos que a relação entre pobreza e escolaridade ainda é um fator determinante, ou seja, quanto menor a renda das famílias menor a taxa de escolaridade de seus filhos, obrigados a se inserir precocemente no mercado de trabalho para complementar a renda familiar. De acordo com dados do Inep em 2008, cerca de 2,8 milhões de alunos do ensino médio trabalhavam, buscando conciliar atividade remunerada e educação.
De acordo com esses dados, podemos perceber quão grandiosa foi essa contribuição!! Caros colegas, a Igreja Presbiteriana mantém escolas privadas, de cunho beneficente, onde esse título reflete apenas no pagamento de encargos e impostos, pois trabalha na verdade em benefício da sua membresia burguesa, que pagam robustas mensalidades, pois querem proporcionar aos seus filhos e filhas um ensino de qualidade, que os dê condições de ascenderem na sociedade, de manterem sua "casta" de classe média e explorar o filho do proletário que teve negada uma educação, dentro da escola pública, que desse a ele visão da realidade cruel que lhes imputam e condições de competir intelectualmente, de igual pra igual, com o filho do burguês. Não vejo nenhuma contribuição dessa associação religiosa, porém percebo a colaboração na perpetuação da divisão de classes através da educação, da manutenção do status-quo, da política capitalista de concentração de riquezas. Por que não abrem escolas gratuitas, favorecendo a população oprimida? Sei que esses "pensadores" que palestraram não são pessoas alienadas, pois sabem muito bem como funciona essa dinâmica social, que usa a educação para manter a massa alienada e explorada! Para a formação de mão-de-obra barata e simples, que engrossa o exército industrial com fins de enriquecer o empresário e para exercer funções subalternas. Então não venham com blá-blá-blá e nem usem o nome de Deus para justificar essa dinâmica da podridão! falem logo a que vieram! Soa mais digno e sincero!
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