sexta-feira, 12 de agosto de 2011
FIM DA GREVE: É melhor ser palhaço do que ser professor
Enquanto lutamos por 60 dias por um reajuste EMERGENCIAL de 26% e no final das contas "conquistamos" 5%, o palhaço Tiririca está embolsando de salário R$ 26.700,00 (se considerar as verbas de gabinete sobe para R$ 103.000,00) sem saber ainda, oito meses depois de sua posse, como funciona a Câmara dos Deputados, segundo reportagem do jornal O Dia de 12/08/11. De acordo com o Exmo Deputado, a Câmara é uma "fábrica de loucos", pois "ninguém escuta ninguém". Segundo ele: "Um deputado fala e nenhum presta atenção. Outro dia tinha um fazendo um discurso superbacana, sobre educação. Outro pediu a palavra. E reclamou: "Já pedimos para instalarem tomadas novas aqui e não instalaram". É uma coisa de louco, desabafa.
Nesse país de merda, em que a população foi formatada para aceitar todos os absurdos e desmandos dos governantes, é que assumimos a árdua tarefa de "educar". Minha luta irá continuar dentro da sala de aula, como sempre foi. Não vou voltar de cabeça baixa por ter recebido os míseros 5%, pois me posicionei até o fim, e se dependesse de mim A GREVE CONTINUARIA, mas aceito sufocando a minha revolta, o regresso à escola quase que de mãos vazias, pois se nossa luta fosse exclusivamente contra esse governador tirano, já teríamos alcançado nossos objetivos. Entretanto lutamos com algo muito maior, a desunião dos colegas de classe que se acovardaram por não terem consciência da força que uma categoria unida possui. Nosso movimento se enfraquece por ceder aos caprichos do Fascista Sérgio Cabral, pois todos sabemos que há recursos suficientes nos cofres do Estado para conceder o reajuste solicitado por nós, pois a lei nunca é cumprida quando os interesses da classe dominante são ameaçados, afinal, educar com qualidade é sinônimo de equidade social, o que não interessa a eles, pois Estados e Municípios segundo a LDB devem investir 25% de sua arrecadação em educação.
Se mobilizar 40% dos professores na deflagração da greve em 07 de junho foi uma tarefa herculesca, será muito mais difícil se essa Besta Fera que nos governa, não cumprir o que foi aprovado na Câmara dos Deputados, pois é com isso que teremos que nos contentar, com a sanção da lei e mais nada, pois se em greve, ele não saiu do seu trono para ao menos ouvir os seus plebeus, que dirá quando a "normalidade" nas escolas for instaurada.
A greve não foi suspensa, a greve terminou. Sem ilusões, retorno ao trabalho com um gosto amargo na alma, mas com a consciência tranquila de ter lutado pelo que era justo.
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Caro André
ResponderExcluirFaço minhas as suas palavras. Fomos derrotados pelos nossos companheiros, a rendição foi vergonhosa. Essa atitude legitimou o circo montado pela Alerj, a justiça e dignidade fugiram do nosso estado.
A vitória foi do Cabral e de toda a base governista, que mostrou para a sociedade que os profissionais de educação não merecem respeito e é só dar uma esmolinha que voltam correndo para as salas de aulas.
Votei contra e não me arrependo, pois votei de acordo com a minha consciência e os meus princípios.
Quanto a categoria tem o que merece, pois quem não se dá ao respeito não deve ser respeitado.
A nossa luta é solitária e quixotesca, pois só uma minoria está acordada, enquanto o resto continuar dormindo não conquistaremos nehuma vitória.
Grande abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAndré & Daniele
ResponderExcluirGostaria de ter o e-mail de vocês, para mandar um botton de protesto, já o coloquei em meu blog.
O meu e-mail é: edpublicabr@gmail.com
Grande abraço