terça-feira, 9 de agosto de 2011
Professores fura greve poderão aceitar GLP no lugar dos grevistas
O direito de greve do servidor público é reconhecido na Constituição Federal em seu Art. 37, e não há lei específica que regulamente esse ato no funcionalismo público. Entre juristas o concenso nesses casos é a aplicação da lei 7783/89, que regulamenta o mesmo direito aos empregados da iniciativa privada, e nessa lei está previsto:
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.
É evidente que o governo Estadual não respeita nenhuma lei que se choque com os seus interesses, ou melhor, com interesses de um governador que tem encarnado a postura de um "bom" ditador militar renascido dos idos de 1964. Inúmeras foram as tentativas de enfraquecimento do movimento grevista: aumento no valor da GLP, tentativas diversas de mobilizar a opinião pública contra os grevistas, minoração do quantitativo dos professores que aderiram a greve (hoje somos só 0,4%!?), ligações telefônicas ameaçadoras dos diretores das escolas para cada professor grevista e o corte do ponto, porém todas as tentativas foram sem efeito, pois aqueles que são conscientes de seu papel na sociedade não cederam as pressões dos déspotas do governo.
Agora, o último artifício utilizado e a contratação de professores tapa buraco, via contrato temporário ou pela oferta de GLP àqueles que não aderiram a greve. Vindo desse governo imundo nada mais me espanta, entretanto não posso deixar de me manifestar contra esses "colegas" que aceitaram essa oferta igualmente imunda. É direito de cada um aderir ou não a uma greve, agora permitir se deixar usar para um propósito tão baixo é hediondo, pois os que aceitarem pensam que vão "lucrar" duas vezes, a primeira ganhando um qualquer a mais, e depois usufruindo daquilo que será conquistado por aqueles que serão descontados dos seus dias de trabalho.
Colegas, não se deixem ser usados de forma tão indigna por esse governo nazi-fascista que só visa os interesses dos seus dirigentes e que em nada se preocupa com a educação. Encerro deixando uma pergunta: como você irá encarar os seus companheiros de trabalho quando a greve terminar?
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