"Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciencias e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de sí e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes." Marilena Chaui

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar". Nelson Mandela

"É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transformá-lo. Pessimismo da inteligência, otimismo da vontade". Antonio Gramsci

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cristovam Buarque defende investimento em inovação tecnológica

Ter, 05 de Julho de 2011 19:19

[senador Cristovam Buarque (PDT-DF)]
Fortes investimentos em inovação tecnológica, como forma de assegurar a continuidade do crescimento da economia brasileira, foram defendidos pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em Plenário nesta terça-feira (5). O senador afirmou que a economia do país está bem atualmente, mas, daqui para frente, para conseguirmos uma economia sólida, será preciso investir em educação e inovação.
- Os outros países, que hoje são desenvolvidos, fizeram isso a partir do final do século 19 e ao longo do século 20. Outros países fizeram isso recentemente como Cingapura, Coréia, o próprio Japão [com um processo] que é um pouco mais antigo, Índia, Finlândia, China. São países que fizeram suas revoluções científicas e tecnológicas e hoje começam a exportar produtos. O melhor exemplo é a Coréia. Nós compramos eletrodomésticos coreanos, mas não montados na Coréia, inventados na Coréia. Pois bem, o Brasil precisa dar o salto para se transformar em um produtor de bens com alto conteúdo de inteligência. E aí precisamos tomar decisões que não estamos vendo -, afirmou o senador.
Cristovam ressaltou que o primeiro passo para esta mudança é uma "revolução na educação". O senador citou como exemplo os aviões da Embraer, que hoje orgulham a população brasileira ao serem exportados para outros países e que seriam frutos "secundários" do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), escola que acabou conseguindo criar relações próximas entre a faculdade e o setor produtivo.
Para o senador, é preciso dar ênfase ao ensino na universidade, mudando o ensino e o perfil dos alunos, para que comecem a trabalhar nas áreas da engenharia, e criando novos institutos tecnológicos como o ITA, direcionados a setores de energia, biotecnologia, inteligência artificial, nanotecnologia, genética, desenvolvimento sustentável, telecomunicações, entre outros.
- Claro que eles não vão dar resultado imediatamente, mas ao longo do tempo. E alguns perguntam quanto custa isso? Esses R$ 4,5 bilhões, que se fala de apoiar a fusão do varejo, permitiria financiar sete grandes centros do tipo ITA em dez anos. Tempo suficiente para eles atravessarem o período de nascimento, de puberdade institucional e se transformarem em grandes centros de formação de ciência e tecnologia - argumentou o senador.
Cristovam Buarque afirmou ainda que isso só não é suficiente. É preciso também fortalecer a pesquisa, avançar nos campos de importância estratégia e, principalmente, criar uma política salarial que permita aos "cérebros" do país se dedicar a atividades no setor de ciência e tecnologia. O senador usou como exemplo da falta de estímulo para pesquisa o caso de um jovem que concluiu o doutorado em nanotecnologia na Bélgica e vai deixar de lado o que estudou para prestar concurso para a Polícia Civil e a Polícia Federal.
- Se não resolvermos o problema da educação, da universidade e do produto dela, dos grandes centros de ciência e tecnologia ligados à indústria e da política salarial beneficiando e atraindo os melhores cérebros para essas áreas, este país vai provar, o que lamentaremos muito, que a economia hoje está bem mas já ia muito mal - ponderou o senador.
 
Da Redação / Agência Senado
 
 
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