Os profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro acabam de fazer, no início da tarde dessa terça feira, uma passeata do Largo do Machado até o Palácio da Guanabara, as vésperas da greve da categoria que completa 30 dias depois de amanhã.
A tônica da manifestação foi o absoluto descaso do governo Sérgio Cabral com a Educação - salários aviltantes (alguns profissionais ganham menos de 1 salário mínimo e grande parte dos professores pouco menos de 1 mínimo e meio), o plano de metas que transforma sala de aulas em linhas de montagem e o não cumprimento da promessa de campanha de incorporação integral do programa Nova Escola.
A manifestação correu de forma pacífica e com o apoio da população e dos bombeiros - que marcaram presença - e também da polícia militar, que o tempo todo auxiliou para que tudo fluísse com tranqüilidade, inclusive o transito na medida do possível.
Aliás, os professores tiveram o apoio também dos motoristas, que em respeito a causa não buzinaram (muitos até acenaram), quem passava na rua batia palmas e alguns moradores colocaram panos pretos na janela em sinal de apoio mas também de repúdio ao que recentemente foi revelado sobre as relações confusas do atual governo com empreiteiras, empresários bilionários etc.
Registre-se ainda que ao passar por uma maternidade, a pedido de quem estava no carro do som, houve um silêncio geral em respeito ao trabalho daquela instituição.
Faço questão de trazer esse depoimento, que pode ser confirmado por quem esteve lá, moradores próximos e até em outras mídias (como vi no JB), para mostrar um pouco mais daquilo que o que o glorioso O Globo optou por fazer a população acreditar: que os professores trouxeram dor de cabeça pro carioca, parando o trânsito da cidade na manhã dessa terça feira chuvosa.
Há trinta dias que a greve dos profissionais de educação é escondida por esse veículo de comunicação. Nada é divulgado, nada aparece e quando acontece é pra dizer que os educadores estão deixando os “coitados” dos alunos sem aula, com reportagens tendenciosamente editadas.
Chegar de uma manifestação tão importante pra categoria, que mesmo debaixo de chuva levou muita gente pras ruas, com tantas questões sérias para serem tratadas e ter que ler essa palhaçada (desculpem) na edição online, realmente não é fácil.
Eles estão certíssimos quando bradam seu lema de que O Globo vai “muito além do papel de um jornal”. O que estão tentando fazer com a causa dos professores do RJ realmente não é o papel de um jornal sério, mas sim um tremendo papelão.
ps: Abaixo, a vergonhosa forma de dar a notícia.
Tráfego lento
Manifestação de professores complica o trânsito em Laranjeiras, com reflexos em Botafogo e no Centro
Publicada em 05/07/2011 às 15h10m
Paulo Marqueiro (marquero@oglobo.com.br) e Ronaldo Braga (ronaldo@oglobo.com.br)
RIO - Os motoristas precisaram ter paciência para atravessar a Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, no início da tarde desta terça-feira. Uma manifestação de professores complicou o trânsito nos dois sentidos na região. Por volta de 15h, o protesto já havia terminado, mas a via ainda apresentava lentidão em função do excesso de veículos.
As retenções em Laranjeiras chegaram a ter reflexos no Centro e em Botafogo. Os profissionais da educação estiveram em frente ao Palácio Guanabara depois de terem caminhado desde o Largo do Machado, pela Rua das Laranjeiras. Por causa do protesto, a pista sentido Botafogo da Pinheiro Machado ficou fechada na altura da subida do viaduto Engenheiro Noronha, sobre a Rua das Laranjeiras. Os carros que saíam do túnel Santa Bárbara eram obrigados a pegar a Rua das Laranjeiras, em direção ao Cosme Velho.
O engarrafamento no sentido Centro começou na Benedito Hipólito, no Centro. No sentido oposto, o congestionamento chegou à Praia de Botafogo.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/07/05/manifestacao-de-professores-complica-transito-em-laranjeiras-com-reflexos-em-botafogo-no-centro-924836131.asp#ixzz1RGNwOg00
A tônica da manifestação foi o absoluto descaso do governo Sérgio Cabral com a Educação - salários aviltantes (alguns profissionais ganham menos de 1 salário mínimo e grande parte dos professores pouco menos de 1 mínimo e meio), o plano de metas que transforma sala de aulas em linhas de montagem e o não cumprimento da promessa de campanha de incorporação integral do programa Nova Escola.
A manifestação correu de forma pacífica e com o apoio da população e dos bombeiros - que marcaram presença - e também da polícia militar, que o tempo todo auxiliou para que tudo fluísse com tranqüilidade, inclusive o transito na medida do possível.
Aliás, os professores tiveram o apoio também dos motoristas, que em respeito a causa não buzinaram (muitos até acenaram), quem passava na rua batia palmas e alguns moradores colocaram panos pretos na janela em sinal de apoio mas também de repúdio ao que recentemente foi revelado sobre as relações confusas do atual governo com empreiteiras, empresários bilionários etc.
Registre-se ainda que ao passar por uma maternidade, a pedido de quem estava no carro do som, houve um silêncio geral em respeito ao trabalho daquela instituição.
Faço questão de trazer esse depoimento, que pode ser confirmado por quem esteve lá, moradores próximos e até em outras mídias (como vi no JB), para mostrar um pouco mais daquilo que o que o glorioso O Globo optou por fazer a população acreditar: que os professores trouxeram dor de cabeça pro carioca, parando o trânsito da cidade na manhã dessa terça feira chuvosa.
Há trinta dias que a greve dos profissionais de educação é escondida por esse veículo de comunicação. Nada é divulgado, nada aparece e quando acontece é pra dizer que os educadores estão deixando os “coitados” dos alunos sem aula, com reportagens tendenciosamente editadas.
Chegar de uma manifestação tão importante pra categoria, que mesmo debaixo de chuva levou muita gente pras ruas, com tantas questões sérias para serem tratadas e ter que ler essa palhaçada (desculpem) na edição online, realmente não é fácil.
Eles estão certíssimos quando bradam seu lema de que O Globo vai “muito além do papel de um jornal”. O que estão tentando fazer com a causa dos professores do RJ realmente não é o papel de um jornal sério, mas sim um tremendo papelão.
ps: Abaixo, a vergonhosa forma de dar a notícia.
Tráfego lento
Manifestação de professores complica o trânsito em Laranjeiras, com reflexos em Botafogo e no Centro
Publicada em 05/07/2011 às 15h10m
Paulo Marqueiro (marquero@oglobo.com.br) e Ronaldo Braga (ronaldo@oglobo.com.br)
RIO - Os motoristas precisaram ter paciência para atravessar a Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, no início da tarde desta terça-feira. Uma manifestação de professores complicou o trânsito nos dois sentidos na região. Por volta de 15h, o protesto já havia terminado, mas a via ainda apresentava lentidão em função do excesso de veículos.
As retenções em Laranjeiras chegaram a ter reflexos no Centro e em Botafogo. Os profissionais da educação estiveram em frente ao Palácio Guanabara depois de terem caminhado desde o Largo do Machado, pela Rua das Laranjeiras. Por causa do protesto, a pista sentido Botafogo da Pinheiro Machado ficou fechada na altura da subida do viaduto Engenheiro Noronha, sobre a Rua das Laranjeiras. Os carros que saíam do túnel Santa Bárbara eram obrigados a pegar a Rua das Laranjeiras, em direção ao Cosme Velho.
O engarrafamento no sentido Centro começou na Benedito Hipólito, no Centro. No sentido oposto, o congestionamento chegou à Praia de Botafogo.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/07/05/manifestacao-de-professores-complica-transito-em-laranjeiras-com-reflexos-em-botafogo-no-centro-924836131.asp#ixzz1RGNwOg00
Maravilhoso blog! Amei o vídeo burguesia!
ResponderExcluirFantástico! Não há burgueses honestos! Olha a mais valia!Médicos simples não são burgueses.São ponderações minhas com o saudoso Cazuza defensor do socialismo!