Neste Domingo ,10/07/11, a Rede Record apresentou uma matéria acerca de uma ONG de nome Fundação Foco de Luz, entrevistando a sua fundadora, Srª Francisca Machado Ribeiro. Após assistir, não poderiamos deixar de compartilhar no Blog e dar nossas considerações acerca da temática. Veja abaixo o descritivo do tal “projeto social” desenvolvido pela Fundação (retirado do site: http://www.fundacaofocodeluz.org.br)
A Fundação Francisca Machado Ribeiro – Foco de Luz, através do projeto Resgatando Gerações tem como prioridade o atendimento às crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social. Os adolescentes são na maioria cumpridores de medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade em meio aberto e liberdade assistida. Os adolescentes infratores são encaminhados pelo Poder Judiciário, e após o cumprimento das medidas impostas, é realizada a iniciação destes na profissionalização em estágios através de parcerias com as empresas locais. As crianças, são alunos que frequentam escolas municipais em contra turno escolar como medida de prevenção. O Projeto Resgatando Gerações, almeja agora a expansão do trabalho com famílias, buscando a reintegração e o restabelecimento dos vínculos familiares e comunitários, bem como para que ocorra a ressocialização dos adolescentes.
Como originaram-se as ONGs?
A origem dessas organizações, porém, não foi nada espontânea. O termo ONG foi forjado na Ata de Constituição da ONU, em 1946. A proliferação das ONG’s deu-se já durante a segunda metade da década de 60 na América Latina. As Organizações Não-Governamentais cresceram ocupando um espaço deixado pelo Estado. No entanto, o financiamento dessas entidades não vinha da “sociedade civil”, mas do próprio Estado.
Boa parte das ONG’s que atuavam nessa época na América Latina eram e são sustentadas por países europeus e pelo Banco Mundial. De acordo com o sociólogo James Petras, em seu livro “Hegemonia dos Estados Unidos”, de 2001, existem 50 mil ONG’s nos países subdesenvolvidos que recebem algo em torno de US$ 10 bilhões de instituições financeiras européias, norte-americanas e japonesas.
As ONG’s cresceram junto com o neoliberalismo, alavancadas pelo próprio sistema, cujos efeitos afirmam combater. Ainda segundo Petras, em seu artigo “As duas caras das ONG’s”, “numerosos líderes de ONG’s se aliaram a regimes neoliberais que utilizaram sua experiência organizativa e retórica progressista para controlar protestos populares e desestabilizar movimentos sociais”. Desta forma, ao mesmo tempo em que atuam em práticas assistencialistas para minimizar os efeitos do neoliberalismo, no sentido de evitar convulsões sociais, as Organizações Não-Governamentais trabalharam principalmente na cooptação de lideranças populares.
Pequenas ONG’s,grandes negócios
Com o tempo, as ONG’s transformaram-se num grande e lucrativo negócio. A legião de pobres e miseráveis produzida por duas décadas de neoliberalismo na América Latina conferiu às ONG’s um inesgotável “público alvo”, ou seja, uma desculpa para existir. Ao atuar oferecendo serviços públicos e recebendo dinheiro do Estado, essas entidades são cúmplices dos governos no processo de terceirização dos serviços públicos.
Isso ocorre de forma dramática em órgãos federais como o Ibama e a Funasa. Além de promoverem a substituição de servidores públicos contratados por “voluntários”, as ONG’s freqüentemente superfaturam custos de programas sociais para desviar verbas públicas. Isso porque, não sendo caracterizadas como empresas lucrativas, as ONG’s encontram caminho livre e desburocratizado para buscar financiamento estatal, criando um verdadeiro mercado da miséria.
O Brasil é um país capitalista e Neoliberal, onde seu objetivo principal é o lucro e a exploração de mão-de-obra barata, alienada, para a execução de trabalho simples, em condições precárias e humilhantes. Para isso, precisa manter o povo, a massa, alienada, sem educação de qualidade, segregada, presa fácil do Sistema. O único objetivo do Estado é qualificar os indivíduos da classe baixa, proletária, para exercerem esse cruel papel. Salário não paga o trabalho de ninguém! Os donos de empresas escravizam e se utilizam da ideologia neoliberal para enriquecerem ilicitamente. Essa Ong, com um discurso de que “ressocializa” o adolescente e “devolve” ao mesmo a oportunidade de “crescer” e ter “dignidade”, na verdade é um instrumento do Estado para captação de trabalhadores para engrossarem as empresas da cidade! Peço aos leitores que visitem o site e percebam os “patrocinadores” dessa instituição!! Analisem a proposta e pesquisem acerca do assunto. Não podemos mais fechar os olhos para a realidade que nos é apresentada diariamente! Não é obra da natureza e muito menos de Deus que haja ricos e pobres. Precisamos começar a enxergar além, dialeticamente, o cenário desumano e cruel em que vivemos! Todas as diferenças sociais existentes são premeditadas! O chamado Terceiro setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais que, na verdade, também geram muito lucro! E, no final das contas, o objetivo final é: Mais valem pobres na mão do que pobres roubando!
Sugerimos assistir o filme: Quanto vale ou é por quilo? que retrata essa cruel realidade.
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